A rarefacção capilar resultante da queda anormal de cabelo é vulgarmente designada por alopecia. Na base do seu desenvolvimento podem estar factores genéticos, patologia da tiroide, défice de ferro, biotina ou zinco, pós-parto, medicamentos, etc.
Existem diversos tipos de alopecia, algumas recuperáveis outras apenas controláveis.
Os folículos pilosos são estruturas dinâmicas onde o desenvolvimento dos cabelos ocorre por ciclos. Anagénese – período activo de crescimento que dura 2 a 3 anos no homem e 6 a 8 anos na mulher, sendo o crescimento diário de 0,2 a 0,4 mm. Catagénese – fase de regressão da parte mais profunda do folículo, que ocorre em 1 a 3 semanas, e tem como consequência a interrupção do crescimento do cabelo. Telogénese – fase de “repouso”, em que o cabelo não cresce e acaba por cair após 3 a 6 meses. A média diária de renovação capilar é de 100 a 200 cabelos.
As alopecias dividem-se em cicatriciais e não cicatriciais. As cicatriciais levam à destruição definitiva dos folículos, pelo que o tratamento pode apenas travar a progressão da doença. Nas alopecias não cicatriciais o tratamento depende do diagnóstico específico. As mais comuns são a alopecia androgenética, a alopecia areata (peladas), o eflúvio telogénico e o eflúvio anagénico.
Para estabelecer o tipo específico de alopecia é fundamental a história clínica e o exame físico, que pode incluir exames como a tricoscopia e o tricograma. Análises sanguíneas e biópsias de pele, podem ser necessárias em alguns casos.
Felizmente a maioria das alopecias não cicatriciais são controláveis e, muitas vezes, revertidas com tratamento médico. Em casos selecionados o transplante de cabelo pode ser a melhor opção.